Você + rápido - Você + resistente

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Clínica VO2 Pro de corrida em Natal (RN)


      No dia 05 de maio de 2012 realizamos a clínica VO2 Pro de corrida em natal e foi sensacional como diz meu amigo Tiago (Paçoca). Uma turma lotada com mais de 60 alunos.  Confira abaixo algumas das fotos do curso e os slides do curso.


     Meu muito obrigado aos amigos de natal e até o próximo curso.


Alexandre Machado.











Abaixo segue os slides da aula (05/05/2012)














































































































































quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A CORRIDA NATURAL

Corrida natural é o nome dado para a corrida sem o tênis, ou melhor descalço. Tudo começou com uma publicação na revista cientifica nature em 2010, um estudo do biólogo de Havard, Daniel Lieberman onde conclui que correr descalço provoca menos estresse ao pé que correr com tênis.
A minha pergunta é correr descalço ou correr de forma correta ? será que a corrida natural faz com que o corredor tenha que utilizar-se da mecânica correta para que possa correr sem nenhum tipo de dor ?
Daniel Lieberman observou que durante a corrida descalça as pessoas tendem o tocar o solo com a parte do meio do pé enquanto que as pessoas que correm com tênis tocam o solo primeiro com o calcanhar.  Tocar o solo com o calcanhar é cerca de 7% da massa do corpo sobre o pé o que é  três vezes maior que o impacto de um corredor descalço. 
 A corrida e a caminhada são modelados biomecanicamente por sistemas diferentes, a corrida modelada pelo bouncing Ball (o pé toca o solo com a parte do meio – sistema de molas), e a caminhada pelo sistema rolling egg (o pé toca o solo com a parte do calcanhar – sistema de pendulo). O sistema bouncing ball é caracterizado por grandes trocas de energia cinética e elástica dos músculos e tendões, já o sistema rolling egg a troca de energia ocorre de forma mais suave.
Em um dado momento o corredor deixa de caminhar e passar a correr em razão do aumento da freqüência e amplitude da passada e neste momento o pé não consegue permanece em contato com o solo, caracterizando assim a fase aérea e conseqüentemente a corrida.
Um grande erro é achar que a corrida é uma caminhada com uma velocidade maior e neste ponto é quer correr descalço e correr calçado pode fazer a diferença, pois se o corredor continuar a correr pelo sistema rolling egg ela irá sofrer um impacto grande no tornozelo e isso irá gerar dor durante a corrida e para continuar correndo sem dor ele irá mudar a mecânica da corrida para o sistema bouncing ball.
Bom não precisamos falar em correr descalço para observar este fato, basta utilizar um tênis tipo race ou performance que são mais leves e utilizados por profissionais, se a mecânica de sua passada não for correta você irá sentir também o impacto de correr de forma errada.

Outro grande erro que agravar muito na mecânica da corrida é a escolha de um tênis inadequado para o corredor, em exemplo: o corredor iniciante tende a pensar que o melhor tênis seria o com mais amortecimento para ele e isso é errado, pois esta atitude irá levá-lo a manter um corrida com o sistema da caminhada.
 Os tênis com mais amortecimentos são indicados para corredores mais experientes e para treinos longos. Para os iniciantes o ideal são os tênis da categoria controle do movimento por serem mais rígidos iram favorecer ao corredor iniciante a correr de forma adequada e com maior estabilidade do complexo pé tornozelo. 

Eu costumo dizer que há uma grande diferença entre correr e sair correndo e a mecânica é a principal forma de você identificar quem esta correndo e quem sai correndo. Correr requer técnica em quanto que sair correndo não.
Eu particularmente não recomendo a ninguém a correr descalço, mas sim a comprar um tênis adequado para o seu tipo de pé, o nível de condicionamento e a fase de treino em que se encontra.

Para o aprendizado da técnica da corrida utilizamos dos exercícios educativos para o processo ensino-aprendizagem-treinamento. Os exercícios educativos são imprescindíveis para quem deseja melhorar sua performance na corrida (MACHADO, 2011).

Eles foram desenvolvidos para atuar em cada fase da passada, otimizando a coordenação, equilíbrio e a postura durante a corrida, proporcionando uma melhor eficiência mecânica evitando assim uma fadiga precoce e diminuindo a incidência de lesões.
Os exercícios educativos são à base do treino de qualquer corredor e podem ser incluídos como forma de aquecimento. A intensidade do exercício deve ir aumentando gradativamente, a distância pode variar de 30 a 50 metros e o tempo deve ser entre 10 e 20 minutos.
É importante que o aluno realize o movimento de formas variadas sob diferentes condições.
Os exercícios educativos proporcionam inúmeros benefícios, entre eles: melhora da consciência corporal, aumento da amplitude da passada, aumento da freqüência da passada, maior eficiência mecânica durante a corrida, fortalecimento muscular e melhora da postura.
Entre os educativos podemos citar os mais utilizados: Anfersen, dribling, skipping e hopserlauf.
É importante que o aluno realize o movimento de formas variadas sob diferentes condições. Para um melhor desenvolvimento técnico, é possível fazer uma série de combinações dos exercícios educativos, como no exemplo:
•    Passagem progressiva do dribling para o skipping baixo;
•    Passagem progressiva do dribling para o skipping alto;
•    Skipping alto somente com uma perna;
•    Skipping alto alternando as pernas;
•    Passagem do skipping alto para a corrida.

A corrida é emoção, prazer e uma ciência complexa e cheia de detalhes. Para cada planilha de treinamento, cada sessão e cada dia de repouso existe todo um conhecimento científico aplicado com a finalidade de tornar o treinamento mais eficiente e seguro.
Bom treino
Alexandre Machado

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

OS 10 ERROS DURANTE UMA PROVA

Bom são 12 anos de formado dos quais 7, dedicados ao treinamento de corrida e posso afirmar que estes são os erros mais comuns que cometemos durante uma prova, não só os corredores iniciantes mais também aqueles mais experientes comentem os mesmo erros. Minha opinião sobre os erros é que na preparação seja do atleta ou do corredor amador faltou um treinamento especifico e orientação de um especialista e deixo aqui meu recado se correr é uma sensação incrível de liberdade e prazer, experimente correr sob uma orientação profissional e você certamente irá mais longe e mais rápido com você nunca foi.
Sem mais delongas vamos aos erros mais comuns e vamos dar algumas dicas de como evitá-los que é o mais importante. Eu fiz uma distribuição em função de como eles surgem na prova para uma melhor orientação.


1-    Não fazer um aquecimento adequado

O aquecimento vai deixar o organismo mais preparado para o ritmo a ser imposto durante a prova. Podemos dividir o aquecimento em duas partes, a (1) chamada de geral tem como objetivo tirar o organismo do estado de repouso e é composta por exercício de baixa intensidade.
A (2) chamada de especifica tem como objetivo preparar o organismo para o exercício especifico no nosso caso a corrida com uma certo ritmo e neste ponto é importante fazer corridas curtas com intensidades variadas até chegar bem próxima a do ritmo de prova treinado. 

2-    Começar com um ritmo muito forte

Mesmo com um aquecimento fisiologicamente perfeito o organismo não irá suportar por muito tempo um começo de prova muito forte, pois ele ainda não se adaptou totalmente ao novo estado de estresse imposto pela prova. Neste caso recomendo que aumente gradativamente o ritmo de prova de 5 em 5 minutos ou de 10 a 15 minutos entre os iniciantes ate chegarem em um ritmo confortável.

3-    Determinar um ritmo de prova mais alto do que você treina

Bom aqui não adianta nem tentar, pois se você não treinou para um determinado ritmo não é no dia e na prova que você vai tentar impor, isso só vai te levar a fadiga e posteriormente ao fim de prova precoce. Na reta final da prova de tudo de si ou como falamos vai pra morte, mas lembre-se que você esta no final da prova.
            O correto seria um sprint desde tipo há pelo menos dois minutos do final da prova, pois neste ponto poderemos contra a alternância de vias metabólicas para gerar mais energia e terminar a prova. E você deve estar se perguntando por que dois minutos finais, não é mesmo. Bom por que depois deste tempo você estará fadigado pela intensidade alta imposta durante o sprint final.

4-    Correr em zigue-zague ou costurando

Além de ser uma postura inadequada nas provas só vai te trazer um gasto de energia excessivo e os risco de trombar com outro corredor o que é extremamente constrangedor.

5-    Quando pegar água e quando tomar água

Ao pegar água e ao tomá-la existe todo um procedimento para que você não altere muito seu ritmo de prova. Tipo parada no Box da formula 1. O ideal é que você diminua a intensidade alguns metros antes do posto de água e que mantenha com uma velocidade reduzida ate ao final de tomar a água e ai sim ir voltando para seu ritmo de prova.  

6-    Não tangenciar nas curvas

Voltamos novamente para a formula 1, nas corridas é comum ver os pilotos tangenciarem nas curvas, pois isso diminui a distância do percurso e na corrida de rua vale a mesma regra. Aliais o percurso é medido desta forma.

7-    Não diminuir o ritmo ao sentir-se cansado

Ao primeiro sinal de cansaço (fadiga) o correto é diminuir um pouco o ritmo para que o organismo possa voltar ao steady-state (estado de equilíbrio fisiológico durante a prova) o mais rápido possível. Caso contrario a fadiga chegará em dois ou três minutos e será difícil manter mesmo um ritmo mais baixo durante a prova.  

8-    Não relaxar os ombros e os braços durante a prova

É comum um desconforto muscular nos ombros e braços durante a prova e o ideal é que você durante a corrida solte os, mesmo quebrando a mecânica correta da corrida durante alguns segundos isso irá ajudar a relaxar a musculatura contraída nos ombros e braços durante a prova. 

9-    Alongar ao sentir câimbras no meio da prova

Durante a prova começou a sentir câimbras, não adiantar para a alongar isso só vai piorar, o ideal é que você diminua o ritmo até elas desaparecerem.  

10-  Parar de imediato ao final da prova

Cruzou a linha de chagada nada de para e alongar, diminua o ritmo e faça uma caminhada por mais 5 a 10 minutos para que você possa ter uma diminuição do metabolismo e com isso voltar a um estado de repouso sem muito estresse ao organismo ai sim vamos fazer um alongamento.


Boa corrida
Alexandre Machado
Mestrado em Ciência da Motricidade, Pós-Graduado em Fisiologia do Exercício, Professor Universitário da cadeira de treinamento desportivo na UNIBAN, Professor da Pós-Graduação da UGF e FMU, Autor de quarto livros sobre treinamento, Idealizador da metodologia de treinamento de corrida VO2PRO, Técnico de triathlon nivel 2 (CBTri), Preparador  físico: Tricampeão Brasileiro de corrida de montanha de 2008 ,09 e 10, Campeão paulista de corrida de montanha 2009 e 2010 e Campeão paranaense de corrida de montanha 2009.Diretor técnico da ATP Sports Assessoria Esportiva.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

EMPREEDEDORISMO NA CORRIDA

          Tudo começou de uma maneira bem simples, o empresário Rogério Vila Verde Moreno de Goiânia foi fazer um curso de corrida, no qual eu estava ministrando em maio de 2011 num congresso local. No meio da aula pratica quando eu estava demonstrando aos alunos através de uma experimentação prática ele me fala que não era profissional e sim um amante do esporte, no nosso caso a corrida.
         Na hora achei estranho mas, depois conversando com ele, o  mesmo me falou de sua vontade de montar uma assessoria, pois não estava satisfeito com as assessorias que ele e sua esposa passaram nos últimos dois anos e foi ao curso para entender um pouco mais do esporte. Nesta mesma época eu estava finalizando o projeto da Metodologia VO2 Pro.
      No último dia de curso o Rogério me chamou e perguntou da possibilidade de ajudá-lo com sua assessoria de corrida fazendo um consultoria e treinamento de sua equipe, foi quando eu falei do projeto VO2 Pro e em junho de 2011 eu voltei em Goiânia e fiz todo o treinamento da equipe e ajudei no desenvolvimento dos produtos de sua assessoria esportiva a INFINITY.

           A assessoria começou suas atividades em agosto de 2011 e hoje (14/12/2011) ela esta com mais 50 alunos e é referência hoje em treinamento de qualidade em corrida e tudo isso com muito bom humor e comprometimento de sua equipe.
 Parabéns ao Rogério por sua visão de mercado e empreendedorismo, parabéns a INFINITY a primeira assessoria esportiva no Brasil credenciada pela metodologia VO2 PRO.

Forte abraço a todos da Infinity.
Alexandre Machado

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

SÃO SILVESTRE 2011 UM NOVO DESAFIO


Estamos chegando em dezembro e com isso  também a São Silvestre a mais tradicional prova de corrida de rua do Brasil, das suas 25 mil vagas pelo menos a metade já esta preenchida segundo os organizadores da prova. E este ano com um novo percurso que esta gerando polemica entre os corredores e também movimentos contrários a participação na prova.
Bom e como nós da VO2 Pro falamos de corrida não poderíamos estar de fora desta discussão e deixar aqui registrado minha opinião sobre tal mudança.
Com esta mudança já é a 12º ocorrida na prova, lembrando sempre que em ano de mudança de percurso ocorre uma certa insegurança por conta do novo percurso, mas de longe não lembro de nenhuma mudança ser tão significativa como a deste ano. Daí falar que a direção esta quebrando a tradição da prova também é um exagero, pois a tradição esta ligada ao dia da prova que é dia 31 de dezembro, dia de são Silvestre e não ao local da prova.
Em seu histórico de percursos desde sua primeira edição em 1925, a largada ocorre na Av . Paulista, mas a chegada vem mudando ao longo dos anos, até 1929  a chegada foi na ponte pequena e a partir de 1930  até   1944 no C. R. Tietê, sendo que em 1942 a largada passou a ser na Av. 9 de julho.
Em 1945 a São Silvestre passa para uma fase internacional e com nova mudança de percurso com largada no Estádio do Pacaembu e chagada no C.R.Tietê. Em 1950 muda novamente o percurso com largada e chagada na Rua Conceição. Em 1953 nova mudança com largada na Av. Cásper Líbero e chegada na rua Conceição. E somente a partir de 1966 que tivemos a largada e chegada na Av. Paulista.
Em 1979 a chegada é mudada para o estádio do Pacaembu, porem no ano seguinte volta para a Av. Paulista. Em 1988 houve a inversão do percurso e em 1989 a prova passou a ser disputada durante o dia. No ano de 1991 a largada mudou de local, mas ainda na Av. Paulista e continuou até 2010 e este ano com mudanças a largada continua na Av. Paulista e a chegada no Parque do Ibirapuera, uns dos templos da corrida em São Paulo.  Bom na minha opinião não houver quebrar da tradição em retirar a chagada da Av. Paulista e sim uma reorganização do percurso que ao longo dos anos a prova foi sofrendo como acabamos de ver.
Bom ontem fiz o percurso e tive boas surpresas, pois ele esta mais desafiador para o corredor, os boatos de que o percurso pode causar lesões e outros, não é verdade, pois ai entrar minha avaliação como expert em treinamento de corrida, pois nós temos que preparar nossos alunos e atletas para o tamanho do desafio da prova  e não simplesmente que ele corra, corra e corra e achar que ele estará preparado para qualquer prova. Lembre-se sempre que correr e sair correndo são situações bem diferentes e com estas mudanças o percurso esta mais técnico e vai exigir mais dos atletas ou seja um novo desafio na mais tradicional das corridas de rua.

Bom treino
Boa corrida e feliz São Silvestre
Alexandre Machado