Você + rápido - Você + resistente

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

RESPEITE SEU CORPO


Muitas pessoas me procuram pelo mesmo motivo, a dor: “- O que eu faço para passar essa dor aqui....”, “ - Dói quando faz isso...”, “- Tô alongando muito agora, por causa desta dor...”. Na verdade muitas informações, deduções e principalmente conclusões desencontradas para, na hora do desespero, tentar solucionar rapidamente um problema. Na verdade solucionar o efeito e não a causa!
Gosto de falar primeiramente que a dor não é o vilão da história e está muito mais para mocinho, ela nada mais é do que uma maneira do nosso corpo se comunicar avisando que algo está errado ou prestes a ficar pior. Na grande maioria das vezes negligenciamos os pequenos sinais de incômodo e continuamos realizando a atividade ou exercício, não reduzimos a intensidade/volume do treino, não aumentamos o tempo de repouso ou a recuperação, etc.
Pior..., em muitos casos a solução é tomar um anti-inflamatório (por conta própria) e mandar ver nos treinos! Nesse caso, o medicamento pode trazer a diminuição da dor e não necessariamente a solução do problema, e com a continuação da atividade (mecanismo de lesão), o problema tende a ser potencializado assim como suas conseqüências, podendo levar a um longo tempo de inatividade, à passagem de uma lesão aguda para crônica e a outras lesões associadas.
Outro erro que considero crucial é o exercício de alongamento pós-sintomatologia! Não devemos nos esquecer que os alongamentos e treinos de flexibilidades são exercícios preventivos e não curativos, principalmente durante a fase aguda do tratamento. Imaginem uma lesão por contratura ou estiramento, as fibras musculares estão tensas, lesadas, danificados ou no limiar da lesão e em seguida expomos estas “coitadas” a um estiramento excessivo... Tá na cara que isso não solucionará nosso problema, muito pelo contrário, podemos estar aumentando os micro-traumas no tecido muscular.
De uma maneira geral, converse com seu corpo, respeite o biofeedback, diminua o volume e a intensidade ao primeiro sinal de dor, dê a mesma importância à recuperação que ao estímulo durante os treinamentos, procure um médico do esporte ou fisioterapeuta, não se auto-medique, faça os trabalhos de alongamentos, flexibilidade e fortalecimento como prevenção e não como tratamento imediato, mas acima de tudo procure alguém habilitado para montar seu treinamento... Pois correr não é simplesmente sair correndo!
Sandro Rodrigues dos Santos
Educador Físico, Fisioterapeuta e Treinador de Corrida VO2-Pró
sandro@startmove.com.br