Você + rápido - Você + resistente

sexta-feira, 15 de julho de 2011

POSTURA DURANTE A CORRIDA


Outro fator importante é a postura durante a corrida, pois ela deve se ajustar ao indivíduo e ao ritmo de trabalho imposto por esse indivíduo. Uma má postura durante a corrida implica em uma eficiência mecânica pequena o que pode levar a uma fadiga precoce.  
Para um aprimoramento da postura podemos utiliza os exercícios educativos para corrida, além deles ajudarem no aprimoramento da mecânica da corrida também podem ser utilizados como forma de aquecimento antes das sessões de treinamento.

            A Postura
            Para muitos correr é apenas colocar um pé após o outro, não esquecendo de alterná-los. A postura adequada é importante para uma melhor eficiência mecânica, o que permite uma maior economia de energia para o movimento realizado. 
Conforme a distância e a velocidade aumentam pequenos erros na postura ficam mais evidentes e com isso causam maior desperdício de energia, o que pode levar a uma fadiga precoce. Para uma melhor eficiência mecânica é necessário analisar a mecânica dos pés a cabeça, levando em consideração a individualidade biológica de cada um. Para isso podemos aplicar  uma análise básica da postura em três atos.

1° Ato (A passada): Quanto à amplitude da passada - Ela deve se ajustar ao tamanho do indivíduo. Pessoas mais altas tem uma amplitude maior que as pessoas mais baixas, quando essa regra não é respeitada observa-se uma desarmonia da postura durante a corrida. 
Quanto à freqüência da passada – Ela deve se ajustar diretamente com a amplitude, pois pequenas amplitudes exigem freqüências do passada maior, o que irá causar um apoio maior sobre os dedos dos pés, acarretando uma maior elevação dos joelhos e um movimento dos braços mais vigoroso.

2° Ato (O Tronco): Para uma melhor eficiência da respiração, amplitude da passada e da freqüência da passada é necessário que o corredor mantenha a postura ereta, ou seja tronco reto e cabeça olhando sempre para frente.

3° Ato (A tensão): A postura durante a corrida deve ser relaxada, correr sobre tensão muscular é como se estivesse travado o que vai acarretar em diminuição da performance.

Após feita uma análise da postura do corredor e identificado os erros com relação a mecânica da corrida, é a hora de prestar atenção nos detalhes da postura para uma melhor eficiência mecânica.


Pés – Procure usar totalmente os pés, do tornozelo até a região central do pé, pois à medida que ocorre a transição do peso do corpo sobre o pé (movimento de pêndulo), o corredor terá uma propulsão maior na fase área da corrida.
Tornozelos – Mantenha-o relaxado, para uma transição suave do peso do corpo sobre o pé e também para diminuir o impacto do solo sobre as articulações, como tornozelo, joelho e quadril. 
Joelhos – Durante a passada erga-o o joelho, pois isso irá proporcionar um melhor movimento de pêndulo durante a corrida e com isso maior propulsão e menor impacto sobre o solo. 
Braços – Os braços e as pernas devem se movimentar no mesmo ritmo, para manter o equilíbrio dinâmico da corrida, eles devem estar soltos e relaxados, mas não devem ultrapassar a linha medial do corpo.
Cotovelos – Os cotovelos devem estar soltos para poderem permitir um movimento de pêndulo perfeito dos braços, pois os braços e as pernas devem estar no mesmo ritmo.
Ombros – Para um perfeito movimento de pêndulo e os braços acompanharem o ritmo das pernas, os ombros devem estar soltos, relaxados e paralelos ao solo.
Cabeça – A cabeça é fundamental para a postura correta, mantenha o olhar para frente em direção ao horizonte, mantendo essa postura fica mais fácil manter os ombros, braços, joelhos e os pés atuando de maneira correta.
Bom Treino
Alexandre Machado

CORRER OU SAIR CORRENDO


Qual será o verdadeiro segredo do sucesso absoluto da corrida? Alguns dizem que correr é democrático, outros que a corrida é um esporte de baixo custo, e há outros que dizem que a corrida não distingue classe social, credo, raça, sexo ou idade. Para mim, é simplesmente o fato de poder calçar o meu tênis e correr a qualquer hora e em qualquer local e ainda poder escolher o meu cenário, seja na areia da praia da Barra da Tijuca, na estrada ou no parque do Ibirapuera, simplesmente correr.
Há uma grade diferença entre correr e sair correndo, outro dia no facebook em um grupo fechado de corredores eu postei: você correr ou sai correndo ? e foram muitas pessoas que responderam, uns correm e outros saiam simplesmente correndo. Afinal qual a diferença? Correr é uma ciência e exige todo um conhecimento fisiológicos, biomecânico e metodológico para  a sua pratica com objetivos de trazer benefícios a saúde e sair correndo é um ato, como você sair correndo atrás de um ônibus, você não irá prestar atenção, na postura do tronco, joelhos, cabeça e sim  tentar pegar o ônibus.
A corrida é emoção, prazer e uma ciência complexa e cheia de detalhes. Para cada planilha de treinamento, cada sessão e para cada dia de repouso existe todo um conhecimento científico com a finalidade de tornar o treinamento mais eficiente e seguro para o seu praticante. E com objetivo de esclarecer aos praticantes e aos amantes desta modalidade vamos aqui abordar os principais pontos que envolvem esta ciência, a ciência do treinamento desportivo ou simplesmente preparação física.
           A preparação física é estruturada com base em exercícios sistematizados, representando um processo organizado pedagogicamente com o objetivo de direcionar a evolução do atleta. O treinamento implica na existência de um plano em que se define igualmente os objetivos do atleta e aos métodos de treinamento.  A estrutura e organização do treinamento adotará o período de tempo tanto de treinamento como de competições. A planificação do treinamento tem um caráter temporal, portanto, considera um início e um fim do processo de preparação e competições e estará determinada fundamentalmente pelo:  calendário competitivo.
           A periodização é um dos mais, se não o mais importante conceito do planejamento do treinamento. O termo origina-se da palavra período, que é uma fração do tempo ou uma divisão em pequenas partes, mais fáceis de controlar denominados de fases.
 A periodização do treinamento desportivo pode ser vista como uma divisão organizada e planejada do treinamento anual, semestral, quadrimestral e ou trimestral dos atletas, ou seja, obter o máximo da condição esportiva através da dinâmica das cargas de treinamento distribuídas por períodos lógicos de treinamentos.
Estes períodos lógicos de treinamento são distribuídos em três fases: aquisição, manutenção e perda temporal da forma esportiva, ou período preparatório, competitivo e transitório. Onde no período preparatório é relativo a aquisição da forma esportiva, o período competitivo é relativo a manutenção da forma esportiva e no período transitório é responsável pela perda temporal da forma esportiva.
Então podemos observar que não basta apenas treinar, temos que planejar a forma, o método e quando e como queremos que a nossa condição de eleve de maneira satisfatória para podermos chegar neste momento no máximo de nossa condição física e conseguimos bons resultados de forma estruturada e planejada e isto me faz lembrar um depoimento do meu atleta de corrida de montanha (José Virginio de Morais) e que foi publicado em meu livro CORRIDA: teoria e pratica do treinamento, publicado em janeiro de 2009 e dizia o seguinte:
Começamos o trabalho já em dezembro de 2007. O Alexandre priorizou inicialmente um trabalho alto de volume e trabalhávamos com uma única sessão diária de treinamento, o que particularmente eu achava muito bom, mas por outro lado era diferente dos treinamentos que eu tinha realizado anteriormente o que me deixava preocupado e desconfiado de certa forma.
Por várias vezes conversamos muito, pois eu queria entende o que ele queria fazer, afinal era eu que corria. Em nossas conversas ele sempre enfatizou que eu necessitava adquirir uma boa base de condicionamento para poder suportar os estresses do período específico de treinamento, conversamos muito sobre metodologia e fisiologia aplicada ao exercício e ele sempre falava que estava trabalhando em cima de minhas respostas fisiológicas e a partir deste ponto é que ele iria elaborar o próximo bloco de estresses (planilha mensal) e com isso ia aumentando meu condicionamento e meu ritmo a cada mês.
Uma metodologia de treinamento revolucionária na minha concepção de atleta e profissional da área. Fazendo que o ano de 2008 se tornasse uns dos mais expressivos para minha carreira de atleta de corrida. Neste ano das 15 corridas de que participei subiu ao pódio em 13, mas foi no circuito de corridas de montanhas que eu me destaquei, das 7 etapas disputadas eu fui campeão em 4 etapas e vice campeão e 1 etapa e me consagrei campeão brasileiro de corrida de montanhas de 2008.
  Atualmente o José Virginio é Tr campeão brasileiro de corrida de montanha (2008, 2009 e 2010) e Bi-campeão Paulista (2009 e 2010) e vem se destacando em outras provas com a maratona de montanha e tudo isso é fruto de muito esforço e de um planejamento adequado da condição esportiva que o seu atleta almeja chegar e quando deve chegar.

Curso especial da VO2 Pro no Rio de Janeiro (VO2 Pro Runner Funcional)

No dia 09 de julho na Academia Cia Athletica da Barra da Tijuca no Rio de Janeiro durante o curso de certificação internacional de Motricidade Volntaria Funcional (MVF) um módulo especial da VO2 Pro, o VO2 pro funcional para corredores. Uma importante passo e uma parceria forte para nós, confiram as fotos.



quinta-feira, 14 de julho de 2011

O TREINAMENTO DE CORRIDA DE ONTEM E DE HOJE


O treinamento desportivo assim como tudo passou por um processo de evolução ao longo da história. Já no período da arte que inicia-se em 778 A.C. o treinamento já tinha aquecimento e volta á calma. No período na improvisação (1896) o próprio nome já diz o treinamento era improvisado em função das condições e das modalidades de competição. Mais a frente na linha do tempo temos o período da sistematização (1920) onde deu inicio aos primeiros ensaios de metodologias de treinamento, porém sem nanhum tipo de embasamento fisiológico. Em 1952 começou os primeiros ensaios com repostas cientificas marcando o período pré cientifico. Em 1964 a grande revolução na ciência do treinamento desportivo onde os treinamento ganharam embasamento fisiológico e os treinamento passaram a ser extremamente controlados e mais exatos tornando-se uma ciência mais exata, este chamamos de período cientifico ou revolução do treinamento desportivo marcada pelo modelo fisiológico de adaptações imposta pelo treinamento intervalado.
Nos dias de hoje a cada dia temos mais estudos nos esclarecendo sobre as adaptações no organismo imposta pelo treinamento e ainda temos o avanço tecnológico que comparado ao de 50 anos atrás é extremamente gigante nos permitindo ter acesso a informações que antes nem pesávamos ter.  E na corrida não poderia ser diferente. Os treinos no passado priorizavam muito o volume de treinamento (distância ou tempo), com metodologias que não causasse uma motivação a cada treino e extremamente cansativa a nível psicológico e sem resposta orgânicas significativas, ou seja corria muito mais e rendia-se muito pouco.
Hoje isso teoricamente não existe mais ou não deveria existir, os treinos de hoje são montados com base na ciência e em metodologias versáteis ao nosso tempo e disponibilidade de treinamento, tudo isso para deixar o treino mais eficiente e seguro. Se você preferir treine menos e renda mais.
     Hoje no dia 11 de junho de 2011, marcamos mais um importante avanço na área de treinamento de corrida. Inicia-se hoje o primeiro curso de certificação em treinamento de corrida de rua para profissionais e estudantes de educação física. Realizado pelo Instituto Phorte e chancelado pela ABRAPEFE o curso com o nome bem sugestivo, VO2 PRO.
       VO2 é a sigla utilizada pelos fisiologistas para captação de oxigênio, como sabemos o oxigênio é o principal substrato para o treinamento aeróbio. Pro vem de profissional, que no nosso caso quer dizer pessoa que se especializou em determinada área do saber. VO2 Pro é o nome dado a metodologia de treinamento especifica do ensino da corrida. Nossa metodologia nasce com uma proposta inovadora para melhoria do condicionamento físico, seja com objetivo para uma melhor qualidade de vida ou para performance esportiva.
    Tendo como base os princípios do treinamento desportivo aliando ao Know-how de um dois dos maiores profissionais da corrida do Brasil, o Prof. M.Sc. Alexandre F. Machado junto de uma equipe de profissionais de destaque no mercado.
     A metodologia VO2Pro não é um simples treino, e sim um programa de treinamento com objetivo de melhorar o condicionamento através da corrida, com bases fisiológicas, mecânicas e metodológica para qualquer pessoa.
Corredores fiquem atentos a profissionais ligados a corrida com esta marca a parti de hoje, e tenha a certeza que este profissionais são altamente gabaritados em treinamento de corrida de rua.
 Bom treino 
Alexandre Machado



Metodologia VO2 Pro

Bem vindos ao blog da metodologia VO2 Pro (treinamento de corrida), ponto de encontro para praticantes, atletas e profissionais da corrida. É com grande alegria que a partir de hoje faremos deste espaço nosso ponto de encontro para discutir sobre corrida.
Há muito que se discutir sobre corrida e aqui deixo meu convite oficial para todos que desejem postar suas dúvidas, sugestões e comentários. 
Aproveito para encerrar nosso primeiro papo com uma mensagem.
A corrida é emoção, prazer e uma ciência complexa e cheia de detalhes. Para cada planilha de treinamento, cada sessão e cada dia de repouso existe todo um conhecimento científico aplicado com a finalidade de torna o treinamento mais eficiente e seguro.

Forte abraço e bom treino
Alexandre Machado